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Um outro método que se baseia no termoidrotropismo positivo das larvas
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é o método de Huguay-Matos e Brizola.
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O método de Huguay-Matos e Brizola era bastante utilizado
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quando o material, dezenas de anos atrás,
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o material frequentemente vinha em latinhas de pomadas,
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em latinhas de graxa, em caixinhas de fósforo.
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Então se retirava uma alíquota desse material para um determinado método,
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vamos supor o método de Lutz,
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e o resto dessa embalagem, dessa apresentação, dessa latinha,
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se fazia então uma avaliação da presença de larvas,
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avaliando o seu termoidrotropismo positivo.
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Então nós vamos simular aqui com um cadinho, na verdade,
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colocando, aplicando o material fecal dentro de um cadinho.
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Você pode, obviamente, fazer, usar esse método com o material fecal também,
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porque, eventualmente, você pode não ter o sistema de Berman,
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aquele funil com uma estante mais alta e tal.
1:18 → 1:20
Tá bom, tá bom.
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[SILÊNCIO]
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Então, digamos que fosse uma latinha, tem o material fecal,
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e aí você vai fazer uma gase longa,
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[SILÊNCIO]
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uma gase longa, não é essa decorativa, digamos, cortadinha em quadradinhos,
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tipo queijo, você corta uns 20, 30 centímetros da gase,
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e faz um verdadeiro sacolézinho com o cadinho,
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avalia de acordo com o diâmetro do cadinho até onde ele vai descer num cálice cônico,
2:12 → 2:14
então você mais ou menos avaliou,
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e coloca a água aquecida no cálice cônico a 45 graus,
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para que ele fique aproximadamente a 40 graus ali,
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e quando você colocar, então, o cadinho, toque...
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a água aquecida, toque...
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ele tá, então, achando que tá muito alto, vai colocar um pouco menos,
2:38 → 2:40
mas eu acho que tá baixa.
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[SILÊNCIO]
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Mais um pouco, pode ser...
2:46 → 2:50
[SILÊNCIO]
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Pode ser um pouco mais, Daniel, porque a água tem que entrar por dentro do cadinho,
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não é só a boca do cadinho, isso.
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Quando você colocar, o ideal é colocar um pouco de lado,
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para que não haja a formação de uma bolha ali, tá?
3:04 → 3:07
Isso, tá vendo? Talvez um pouco mais de água ainda.
3:07 → 3:11
[SILÊNCIO]
3:11 → 3:12
Perfeito.
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Então aí nós vamos esperar mais ou menos 60 minutos,
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para quê?
3:17 → 3:22
Para que as larvas sejam sensibilizadas por gradientes de umidade e temperatura,
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migrem para a coleção de água,
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e acabem sedimentando no cálice cônico.
3:27 → 3:30
Depois de 60 minutos, nós vamos coletar,
3:30 → 3:34
com o auxílio de uma pipeta paster longa,
3:34 → 3:37
[SILÊNCIO]
3:37 → 3:41
é exatamente o eventual sedimento ali presente.
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[SILÊNCIO]
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Então só desloca, não precisa tirar não, tá?
3:47 → 3:49
Só desloca,
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coloca a pipeta já obliterada, digamos, já sem ar, né?
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Lá embaixo, e suga-se um pouco o sedimento, pouco volume, não precisa ser muito.
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Certo?
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E aí coloca-se numa lâmina, no Lugol, e se faz a observação.
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Certo? É um método que alguns julgam muito útil.
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Eu acho que ele é útil se é, primeiro, Lugol.
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Lembrando que o Lugol mata imediatamente as larvas.
4:26 → 4:28
Perfeito.
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Laminula agora homogeneiza-se, Lugol no seu material,
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laminula de preferência no centro da lâmina,
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e pronto, tá feito a preparação.
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Certo? Também não ficou muito no centro, mas não é um erro crucial isso aí.
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Desvantagens que eu vejo do método de Rugaimato e Subrisola
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é que depois esse cadinho terá que ser lavado.
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Isso não é fácil de lavar, porque você colocou uma quantidade de material fecal abundante.
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Então ele se prestava muito bem na época em que o material vinha,
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como eu já falei, numa latinha de pomada, o que vale.
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Hoje em dia eu acho que é, na verdade, um subterfúgio,
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caso você não tenha como realizar o método de Bermo-Moraes.
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Mas o princípio é o mesmo, na verdade é uma adaptação inteligente,
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mas é uma adaptação do método de Bermo-Moraes.
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Método, então, de Rugaimato e Subrisola.
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O método de Rugaimato e Subrisola, só para confirmar,
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deixar bastante claro, ele tem também como indicação apenas as larvas,
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pesquisa de larvas, lá sejam larvas habituóides, a maioria delas,
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eventualmente larvas filarioides.
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E esse material, como no método de Bermo-Moraes,
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o material tem que ser fresco, porque as larvas têm que estar vivas.
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Então não adianta usar um material fixado em nif, por exemplo,
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ou um material fixado em outro fixador qualquer,
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ou um material muito velho, em que as larvas presentes
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eventualmente já morreram, que o resultado vai ser um falso negativo.
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Tanto no método de Rugaimato e Subrisola, como no método de Bermo-Moraes,
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a manipulação desse líquido que nós vamos examinar,
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o líquido que sedimentou após a eventual migração das larvas,
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é um líquido potencialmente infectante,
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pois algumas larvas podem já ser larvas filarioides,
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larvas L3, que são larvas infectantes capazes de penetrar em pele íntegra.
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Então todos os cuidados de biossegurança devem ser redobrados,
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digamos, no contato com esse material.
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[SILÊNCIO]
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[SILÊNCIO]