Quanto que vale um idioma?

Estamos acostumados a medir o valor econômico dos objetos e não do idioma em si.

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Você escutou direito. O valor econômico de um idioma pode ser medido. Isso soa estranho? Estamos acostumados a medir o valor econômico dos objetos a que um idioma dá nome, e não do idioma em sí. 

O valor econômico da língua foi descoberto pelo Instituto Superior de Ciência do Trabalho e da Empresa (ISCTE) em Portugal. Ele mostra o quanto uma pessoa tem de dominar uma língua para exercer uma determinada atividade e exibe o quanto dessas atividades estão direta ou indiretamente ligadas ao PIB.

O índice foi calculado levando em conta a importância relativa da comunicação e a compreensão em vários setores da economia. O PIB de um determinado setor foi multiplicado com o peso relativo de uma atividade, com teor mais elevado de comunicação, para compreender o valor agregado do idioma na economia.  

Sendo assim, atividades econômicas que requerem um maior conhecimento da língua foram privilegiada e as atividades que requerem menos conhecimento da língua, como tarefas que poderiam ser feitas por trabalhadores de outras nacionalidades e competências linguísticas, não foram consideradas.

O conteúdo do idioma no segmento de cultural é muito rico. Portanto, o domínio da língua é crucial para atividades nos setores cultural, educacional e comunicacional. "Em telecomunicações, precisamos de 100% da língua para se comunicar", disse José Paulo Esperança, coordenador do estudo.

Além dessas atividades, há setores em que o serviço é oferecido em uma determinada língua, como na administração pública. O setor secundário, como a indústria, por exemplo, gera um conteúdo maior de língua para a economia como um todo. Por último vem o setor primário, onde as competências linguísticas são muito baixas. Na Alemanha, os trabalhadores agrícolas que colhem morangos e aspargos, seriam um exemplo para isto. Essas atividades são realizadas por trabalhadores estrangeiros, que na sua maioria, não têm conhecimento da língua.

De acordo com o Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig, há entre 6500 e 7000 idioma em todo o mundo. Esta diversificação idiomática se concentra particularmente em torno do equador. África, América do Sul e Ásia, são as regiões onde se fala muitas línguas diferentes. A densidade linguística é maior no Sudeste Asiático. Lá há muitos países pequenos, com muitas pequenas ilhas povoados e cada aldeia tem a sua própria língua, falada apenas nestes lugares.

Quanto maior o número de falantes, nativos ou não, maior é a recompensa por dominar determinada língua. Os cientistas acreditam que no futuro, o peso de um idioma deve ser avaliado por fatores econômicos e científicos e não só pelo número de falantes. Como os idiomas mundiais vão se desenvolver é uma questão de tempo. Temos de esperar para ver se os cientistas estavam certos com a sua suposição.

Wilgen e o time da alugha!

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